Em um evento marcante realizado ontem, 14 de agosto, a Associação Regional de Convivência Apropriada ao Semiárido (ARCAS) e toda a Bahia celebraram um importante avanço no combate à fome e na promoção da agricultura sustentável. No Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, foi assinado um contrato vital para a implementação de tecnologias sociais de captação e armazenamento de água, com foco em cisternas de produção. A assinatura contou com a presença do Governador Jerônimo Rodrigues e representantes de instituições como a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Bahiater, Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e a Coordenação Geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome.
O contrato, que representa um investimento de R$ 225,6 milhões, faz parte do Projeto Ater Bahia sem Fome e visa beneficiar um total de 20.510 famílias agricultores e Povos e Comunidades Tradicionais em todo o estado da Bahia. Além do contrato, foi emitida a Ordem de Serviço para o início da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), etapa essencial para garantir o suporte necessário para a implementação eficaz do projeto
A implementação deste projeto não apenas promove a segurança hídrica em uma das regiões mais desafiadas do Brasil, mas também fortalece a capacidade produtiva das comunidades locais, fornecendo a necessidade básica para enfrentar a fome e garantir a segurança alimentar. O investimento e a dedicação das instituições envolvidas são um reflexo do compromisso com o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida no Semiárido.
A ARCAS desempenhará um papel fundamental na execução do projeto, acompanhando 840 famílias em 12 municípios do Território de Cidadania Semiárido Nordeste II, que são caracterizados por baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Os municípios contemplados são: Adustina, Coronel João Sá, Euclides da Cunha, Fátima, Heliópolis, Jeremoabo, Nova Soure, Novo Triunfo, Pedro Alexandre, Ribeira do Amparo, Santa Brígida e Sítio do Quinto.
Em sua fala, a presidente da ARCAS, Adriana Sá, destacou a importância do projeto: “Teremos a missão de oferecer suporte técnico aos agricultores e agricultores familiares do Semiárido Nordeste II. O projeto fornecerá condições para que diversas famílias possam produzir alimentos e, assim, participar ativamente da dinâmica de combate à fome”. Adriana acrescentou que essas ações, em parceria com o governo do estado, permitirão que sejam atendidas famílias em situações de vulnerabilidade no território Semiárido Nordeste II, além de alguns municípios do território de Itaparica, que enfrentam riscos elevados de desertificação. “As tecnologias de armazenamento de água para produção são fundamentais para a segurança alimentar e para impulsionar a produção de alimentos”.
A implementação deste projeto representa um avanço crucial na luta contra a fome e a insegurança alimentar no Semiárido Baiano. A ação não só fortalecerá a capacidade produtiva das comunidades locais, mas também promoverá uma resposta sustentável aos desafios impostos pela seca, beneficiando milhares de famílias e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social.
Além de Adriana, participaram da cerimônia os colaboradores da ARCAS, José dos Santos Neto (Zé Pequeno), Helaine Benevides e Murilo Correia.